segunda-feira, 7 de abril de 2014

Labirintopatia: O que é?


Labirintite é um termo impróprio, mas comumente usado, para designar uma patologia que pode comprometer tanto o equilíbrio quanto a audição, porque afeta o labirinto, estrutura do ouvido interno constituída pela cóclea (responsável pela audição) e pelo vestíbulo (responsável pelo equilíbrio).


Processos inflamatórios, infecciosos e tumorais, doenças neurológicas, compressões mecânicas e alterações genéticas podem provocar crises de labirintopatias e vestibulopatias, entre elas a labirintite.

A "labirintite" se manifesta, em geral, depois dos 40, 50 anos, decorrente de alterações metabólicas e vestibulares. Níveis aumentados de colesterol, triglicérides e ácido úrico podem acarretar alterações dentro das artérias, que reduzem a quantidade de sangue circulando nas áreas do cérebro e do labirinto.  
São considerados fatores de risco para a "labirintite": hipoglicemia, diabetes, hipertensão, otites, uso de álcool, fumo, café e de certos medicamentos, entre eles, alguns antibióticos, anti-inflamatórios, estresse e ansiedade.


Sintomas


Tonturas e vertigens associadas ou não a náuseas, vômitos, sudorese, alterações gastrointestinais, perda de audição, desequilíbrio, zumbidos, audição diminuída são os sintomas característicos da "labirintite".

Na vertigem rotatória clássica, a sensação é que o ambiente gira ao redor do corpo, ou que este roda em relação ao ambiente. Na tontura, a sensação é de desequilíbrio, instabilidade, de pisar no vazio, de queda.        
A fase aguda da doença pode durar de minutos ou horas a dias conforme a intensidade da crise.


Diagnóstico



Avaliação clínica e o exame otoneurológico completo são muito importantes para estabelecer o diagnóstico da labirintite, especialmente o diagnóstico diferencial, haja vista que as seguintes enfermidades podem provocar sintomas bastante parecidos: hipoglicemia, diabetes, hipertensão, reumatismo, doença de Mèniére, esclerose múltipla, tumores no nervo auditivo, no cerebelo e em áreas do tronco cerebral, drogas ototóxicas, doenças imunológicas e a cinetose, também chamada de doença do movimento que não tem ligação com as doenças vestibulares ou do labirinto.


Recomendações

Mudanças no estilo de vida são fundamentais para prevenir as crises. Eis algumas sugestões:
 * Evite ingerir álcool. Se beber, faça-o com muita moderação;

* Não fume;

* Controle os níveis de colesterol, triglicérides e a glicemia;

* Opte por uma dieta saudável que ajude a manter o peso adequado e equilibrado;

* Não deixe grandes intervalos entre uma refeição e outra;

* Pratique atividade física;

* Ingira bastante líquido;

* Recuse as bebidas gaseificadas que contêm quinino;

* Procure administrar, da melhor forma possível, as crises de ansiedade e o estresse;

* Importante: não dirija durante as crises ou sob o efeito de remédios para tratamento da labirintopatia.

Fonte: Dr. Drauzio Varella.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Esclerose Lateral Amiotrófica e Fonoaudiologia

O que é?

A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença neurogenerativa, progressiva, do sistema nervoso central. A evolução causa atrofia progressiva da musculatura respiratória e dos membors, além de manifestar sintomas de origem bulbar, como disartria (dificuldades na fala) e disfagia (engasgos e dificuldades para engolir).

A detecção precoce desta patologia permite aos fonoaudiólogos avaliar objetivamente e traçar metas realistas de reabilitação que permitam ao paciente ter melhor qualidade de vida.


O objetivo do tratamento fonoaudiológico é manter, pelo maior tempo possível, estas habilidades e para criar estratégias de comunicação alternativa quando a comunicação oral não é eficaz. O tratamento enfoca, também, a coordenação fono-respiratória e as diferentes fases da deglutição.


Sintomas

O principal sintoma é a fraqueza muscular, acompanhada de endurecimento dos músculos (esclerose), inicialmente num dos lados do corpo (lateral) e atrofia muscular (amiotrófica), mas existem outros: cãibras, tremor muscular, reflexos vivos, espasmos e perda da sensibilidade.

Diagnóstico

A doença é de difícil diagnóstico. Em grande parte dos casos, o paciente passa por quatro, cinco médicos num ano, antes de fechar o diagnóstico e iniciar o tratamento.

Tratamento

O tratamento é multidisciplinar sob a supervisão de um médico e requer acompanhamento de fonoaudiólogos, fisioterapeutas e nutricionistas.
Está em desenvolvimento uma droga que inibe a ação tóxica do glutamato, mas não impede a evolução da doença. Os experimentos em curso com animais apontam a terapia gênica como forma não só de retardar a evolução, como possibilidade de reverter o quadro.

Recomendações

O diagnóstico e o início precoce do tratamento são dois requisitos fundamentais para retardar a evolução da doença. Não subestime os sintomas, procure assistência médica;
Embora a ELA seja uma doença degenerativa irreversível, não há como fazer prognósticos. Em alguns casos, a pessoa vive muitos anos e bem;

Curiosidades:

Não se conhece a causa específica para a esclerose lateral amiotrófica. Parece que a utilização excessiva da musculatura favorece o mecanismo de degeneração da via motora, por isso os atletas representam a população de maior risco.
Outra causa provável é que dieta rica em glutamato seja responsável pelo aparecimento da doença em pessoas predispostas. Isso aconteceu com os chamorros, habitantes da ilha de Guan no Pacífico, onde o número de casos é cem vezes maior do que no resto do mundo. Estudos recentes em ratos indicam que a ausência de uma proteína chamada parvalbumina pode estar relacionada com a falência celular característica da ELA, uma doença relativamente rara (são registrados um ou dois casos em cada cem mil pessoas por ano, no mundo), que acomete mais os homens do que as mulheres, a partir dos 45/50 anos.



segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Câncer de Laringe

 O que é Laringe?

Foto: Instituto Nacional del Cáncer - Espanha
A laringe é uma estrutura formada por músculos e cartilagem, localizada entre a base da língua e traquéia que tem como principal função abrigar as cordas vocais, que produzem a voz. A laringe também é responsável por proteger as vias aéreas inferiores (pulmão) de aspirações de alimentos durante a deglutição e é por ela que o ar que respiramos chega aos pulmões.

Com isso, qualquer doença ou tumor que acometa a laringe pode afetar a voz, a deglutição (ato de engolir) ou a respiração.


Câncer de Laringe:

O câncer de laringe é um dos mais comuns a atingir a região da cabeça e pescoço, representando cerca de 25% dos tumores malignos que acometem esta área e 2% de todas as doenças malignas.

Aproximadamente 2/3 desses tumores surgem na corda vocal verdadeira e 1/3 acomete a laringe supraglótica (ou seja, localizam-se acima das cordas vocais).

Principais sintomas: 

Os principais sintomas do câncer de laringe são rouquidão, dificuldades para engolir, dor de garganta constante, falta de ar, caroços no pescoço, mau hálito, perda de peso e tosse.

O diagnóstico do câncer de laringe é realizado por meio de um exame chamado laringoscopia. A laringoscopia pode ser direta ou indireta, sendo que a laringoscopia direta é realizada em cirurgia. Esse exame é solicitado pelos médicos somente no caso de sintomas relacionados a doenças na laringe ou para pacientes fumantes há muitos anos.

Fatores de Risco e Prevenção

Há uma nítida associação entre a ingestão excessiva de álcool e o vício de fumar com o desenvolvimento de câncer nas vias aerodigestivas superiores. O tabagismo é o maior fator de risco para o desenvolvimento do câncer de laringe. Caso o consumo do cigarro seja associado ao uso de bebidas alcoólicas o risco pode ser até 140 vezes maior comparado a uma pessoa que não fuma e não bebe. 

Outros fatores de risco são poluição do ar, infecção por HPV, refluxo gastroesofágico, algumas exposições ocupacionais, como inalação frequente de produtos químicos.

A prevenção começa pelo não consumo de cigarro ou outros derivados do tabaco e também evitando o consumo de álcool e exposição à poluição.

Pacientes com câncer de laringe que continuam a fumar e beber têm probabilidade de cura diminuída e aumento do risco de aparecimento de um segundo tumor primário na área de cabeça e pescoço. 

Tratamento:

Os três tipos de tratamento (radioterapia, quimioterapia ou remoção cirúrgica do tumor) podem ser aplicados de forma isolada ou combinados entre eles. A escolha dependerá da extensão da doença e das condições clínicas do paciente.

Chances de Cura:  

Casos identificados e tratados em fase inicial têm 90% de chances de cura. Caso o tumor tenha se espalhado para os gânglios linfáticos ou região do pescoço, as chances são em torno de 50%.

EM CASO DE DÚVIDAS, PROCURE PELO MÉDICO OU PELO FONOAUDIÓLOGO DE SUA CONFIANÇA!



sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Prevenção - Câncer de Boca

Para prevenir é preciso conhecer! 

Quanto mais cedo as alterações forem notadas, maiores serão as chances do paciente em curar-se. Ao perceber os sintomas, não se entristeça - procure seu médico!

 

 

 

 O que é câncer de boca?

A boca é um órgão do corpo humano, constituída por dentes, língua, mucosa bucal, gengivas, palato duro e mole e assoalho da boca, onde acontece o processo de mastigação e inicia o processo de digestão. 
O câncer de boca inclui os cânceres de lábio e de cavidade oral (mucosa bucal, gengivas, palato duro, palato mole e assoalho da boca). O câncer de lábio é mais freqüente em pessoas de pele branca, e registra maior ocorrência no lábio inferior em relação ao superior. O câncer em outras regiões da boca acomete principalmente tabagistas (pessoas que fumam) e os riscos aumentam quando o tabagista também é alcoólatra.

O que causa câncer de boca?

Os fatores de risco para o câncer de boca são fatores de risco ambientais ou comportamentais, ou seja, podem ser evitáveis. Homens e mulheres acima de 40 anos, que fumam (qualquer tipo de cigarro), consomem bebida alcoólica precisam estar atentos. Outros fatores de risco são má higiene bucal, próteses que machucam, dentes quebrados, outras irritações e infecção por HPV (pacientes jovens). Para o câncer de lábio ficar constantemente exposto ao sol sem a devida proteção.

Quais são os sintomas da doença?

Feridas que se assemelham a uma “afta” mesmo que não doa e não cicatrizam em até 20 dias. Caroços, inchaços e endurecimentos que não desaparecem ou manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou escuras nos lábios ou na mucosa interna da boca. Nos estágios mais avançados, dificuldade de falar, engolir, mastigar, movimentar a língua e apresentar um emagrecimento acentuado.

Como é feito o diagnóstico?

O exame clinico intra bucal, realizado pelo dentista para diagnosticar a presença de lesão que pode ser o inicio de um câncer ou uma lesão pré-maligna. Quando diagnosticado uma lesão é necessário a realização de exames complementares para confirmar um diagnostico. Pessoas com mais de 40 anos que fumam e bebem bebida alcoólica devem estar sempre atentos e realizar um exame com dentista pelo menos uma vez ao ano.

O câncer de boca tem cura?

Sim, quanto antes detectado maior as chances de cura.

Como é feito o tratamento?

A cirurgia e/ou a radioterapia são, isolada ou associadamente, os métodos terapêuticos aplicáveis ao câncer de boca. Para lesões iniciais, tanto a cirurgia quanto a radioterapia tem bons resultados e sua indicação vai depender da localização do tumor e das alterações funcionais provocadas pelo tratamento (cura em 80% dos casos).

Como se prevenir?

Não fumar e evitar o consumo de bebida alcoólica são os principais fatores de prevenção. Um outro fator importante é ter uma boa higiene bucal, consultando um dentista uma vez ao ano para evitar próteses mal adaptadas, dentes quebrados e outras irritações. Ter uma alimentação saudável consumindo frutas e verduras também é importante para prevenção. Em relação à prevenção do câncer de lábio, é importante a proteção dos raios de sol usando chapéu de aba larga, protetor labial e protetor solar sempre que se expor ao sol por um longo período de tempo.



Em caso de dúvidas, procure seu médico de confiança!





quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Fonoaudiologia e Sistema Unico de Saúde.

Contribuição da Fonoaudiologia para o avanço do SUS


Em julho de 2013 o Sistema de Conselhos reeditou a cartilha ‘Contribuição da Fonoaudiologia para o avanço do SUS’, uma publicação que já é marca da Fonoaudiologia, e foi atualizada com o propósito de fornecer informações atuais sobre a contribuição da profissão na consolidação das políticas públicas de saúde, e também para apresentar os principais campos de atuação do Fonoaudiólogo nos diferentes níveis de atenção à saúde.

Para baixar esta cartilha, clique aqui! 

  Banco Mundial considera SUS referencia internacional

O livro “20 anos de Construção do SUS no Brasil”, lançado pelo Banco Mundial em dezembro de 2013, aponta avanços significativos na saúde brasileira implementadas pelas reformas do SUS, e também os desafios que ainda não foram vencidos desde sua idealização, na Constituição de 1988.

O estudo realizado para publicação do livro reconhece que mesmo havendo problemas estruturais, não há como negar que o Brasil é hoje referência internacional na área de saúde pública, e exemplo para outros países que buscam sistemas de saúde com maior equidade.

O livro mostra ainda em seu relatório final que foram lançados alicerces fundamentais para a construção de um sistema de saúde melhor para o Brasil, com destaque para ampliação da utilização e do acesso aos cuidados primários. Também analisa a reestruturação do sistema de saúde na busca de universalidade, integralidade e equidade na oferta de serviços de saúde, o processo de descentralização das responsabilidades sobre os serviços, assim como o aumento dos gastos públicos na saúde.

A publicação pode ser baixada aqui!


Fonte: Ascom e CFFa - Redação: Suzana Campos

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Câncer, desvende os mitos da doença.

Dia Mundial do Câncer

O Dia Mundial do Câncer é uma iniciativa da União Internacional de Controle do Câncer (UICC) que tenta evitar milhões de mortes a cada ano por meio do aumento da consciência e educação sobre doença, além da pressão sobre governos e indivíduos em todo o mundo para que se mobilizem pelo controle do câncer. Instituído em 2005, o Dia Mundial do Câncer é celebrado todo dia 4 de fevereiro por diversos países. No Brasil, a iniciativa tem apoio do INCA, que é instituição parceira da UICC, considerada estratégica para o controle do câncer na América Latina.

No dia 04 de fevereiro, comemora-se o Dia Mundial do Câncer. O Conselho Federal de Fonoaudiologia marca a data divulgando as ações do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Este ano a campanha busca desvendar os mitos que cercam a doença ao convidar os cidadãos a se informarem mais sobre o assunto.

    

Muitas vezes os pacientes não imaginam que cirurgias para tratamento do câncer ou mesmo a radioterapia pode ter impacto nas estruturas responsáveis pela fala, deglutição, mastigação e voz. Isto porque os tumores localizados na região de cabeça e pescoço, sistema nervoso central, tórax ou mesmo abdômen, independentemente da forma que serão tratados, podem levar ao comprometimento direto das estruturas da fala ou deglutição - como a retirada da língua, por exemplo - ou indireto - como a lesão de nervos causada pelo próprio tumor ou como consequência do tratamento, levando a um desempenho deficitários das estruturas de fala e deglutição.

O Fonoaudiólogo atua justamente para identificar, prevenir e avaliar esses problemas, além de oferecer ao paciente a melhor forma de reabilitação, possibilitando sua reintegração ao ambiente social e profissional.




- Fontes: INCA, Conselho Federal de Fonoaudiologia, Hospital AC Camargo. -